PROGRAMA VOAR, TRANSFORMANDO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO

O Programa Voar oferece bolsas de estudos a jovens aprovados para graduação em universidades brasileiras altamente qualificadas e que sejam egressos da Associação Primeira Chance, entidade sem fins lucrativos que investe em alunos em situação de vulnerabilidade social e excepcional desempenho no Ensino Fundamental ou Médio.

Através do Voar, os egressos da Primeira Chance, recebem ajuda de custo para continuarem os estudos no Ensino Superior. O auxílio pode ser utilizado para cobrirem despesas como moradia, alimentação, transporte ou material didático, contribuindo para que prossigam os estudos no Ensino Superior. A parceria entre a Associação Primeira Chance e o Instituto Ling, proposta por Cassius Leal, bolsista de MBA em 1998 e conselheiro da Primeira Chance, iniciou em 2014 e já contemplou 56 bolsistas. Conheça algumas dessas histórias:

 

Érica Batalha Gomes, 21 anos, Fortaleza, CE

Nascida no interior do Ceará, Érica morava com a mãe e a irmã na cidade de Acaraú quando recebeu a oportunidade de fazer um curso de matemática em Fortaleza devido a premiação na OBMEP. Após um ano morando em Fortaleza, Érica foi selecionada como bolsista da Primeira Chance e, graças à organização, recebeu uma bolsa na escola Farias Brito, onde pôde participar de mais olimpíadas científicas, principalmente de química, que era sua matéria favorita. Érica conquistou uma medalha de prata e duas de bronze na Olimpíada Brasileira de Química e uma medalha de bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática. No segundo ano do ensino médio, decidiu que queria ser médica, pois essa profissão lhe permitiria trabalhar na área da pesquisa e ainda ter contato com pessoas.

Atualmente, Érica está cursando o 7º semestre do curso de Medicina, e começará o internato em 2023. Durante a faculdade, fundou a Liga Acadêmica de Transplante Hepático, da qual foi diretora e participou de projetos de pesquisa de iniciação cientifica e de congressos. Érica tem muitos sonhos para o futuro. No campo profissional, almeja se especializar na área de transplante hepático. Também quer poder se empenhar no trabalho de ONGS auxiliando mulheres que sofreram qualquer forma de abuso. Na área pessoal, pretende viajar o mundo e conhecer os 10 lugares da lista fez quando tinha 13 anos, casar e ser mãe. Além de se tornar fluente em inglês e francês.

 

Pedro Henrique Soares, 21 anos, São Paulo, SP

Pedro Henrique nasceu na Zona Oeste de São Paulo e, aos 6 anos de idade, se mudou com a família para o bairro do Capão Redondo no extremo sul. Quando estava no 6° ano, participou da sua primeira olimpíada científica, a OBMEP, na qual recebeu menção honrosa, o que o motivou ainda mais para continuar estudando. Pedro Henrique mudou mais uma vez de escola quando a família foi morar no Butantã. Lá, foi convidado para participar do grupo de treinamento para a OBMEP, e depois de um ano de esforço contínuo, conquistou o ouro em 2014.

Nessa nova escola, Pedro Henrique teve mais oportunidades para engajar em projetos e atividades tanto científicas quanto culturais e decidiu agarrar todas, como o projeto de pesquisa em grupo, com a qual chegaram na final da Feira Brasileira de Ciências como o grupo mais jovem da edição em 2016. Através de todos seus esforços e conquistas, Pedro Henrique foi selecionado pela Primeira Chance, possibilitando realizar o ensino médio no colégio Albert Sabin. Atualmente, Pedro Henrique está cursando o 6º semestre do curso de Administração no INSPER, onde recebe bolsa integral. E, em 2022, pôde realizar o sonho de um intercâmbio internacional, quando passou um semestre estudando na França.

Foto: Érica Batalha Gomes e Pedro Henrique Soares

Bruna Severo, 20 anos, Madalena, CE

Natural de Madalena, no interior do Ceará, Bruna descobriu a Primeira Chance quando estava no oitavo ano do ensino fundamental. E, quando foi aprovada no processo seletivo e recebeu uma bolsa de estudos, passou a ter mais perspectivas e sonhar com a realização de uma graduação, que antes não acreditava possível apesar de sempre receber muito incentivo em casa para os estudos. Com essa bolsa, Bruna se mudou sozinha para Fortaleza aos 13 anos para estudar no Colégio Ari de Sá Cavalcante. Apesar dos desafios de um novo colégio com ritmo de estudos mais exigente, Bruna continuou se esforçando, passando as tardes na biblioteca do colégio estudando para alcançar a turma. Com isso, se destacou e foi convidada para entrar na turma olímpica do colégio.

Quando começou o ensino médio, não sabia qual graduação queria seguir. Mas sabia que gostava muito de biologia e tinha interesse na área de pesquisa. Assim, descobriu a biomedicina, curso no qual foi aprovada em segundo lugar no vestibular da UFPI e atualmente está no 6º semestre. Bruna participa da Liga Acadêmica de Genética, área pela qual tem muito interesse e pretende se especializar. Também faz iniciação científica nas áreas de genética, biologia molecular e neurologia. Tem plena convicção que só a educação tem o poder de mudar uma história e, por isso, no futuro quer se envolver em projetos educacionais e, inclusive, ser voluntária da Primeira Chance.

 

Luigi Hideki Tanaka, 21 anos, Santa Isabel, SP

O paulista Luigi, nascido no município de Santa Isabel, onde morava com os pais e seus 4 irmãos, sempre estudou em escolas públicas, e cursar uma escola particular parecia algo muito distante de sua realidade. Apesar disso, se interessava muito pelo conhecimento, principalmente pela matemática, se tornando medalhista na OBMEP de 2015. E, no final do seu primeiro ano do ensino médio, foi convidado a participar do processo seletivo da Primeira Chance, quando foi selecionado para estudar como bolsista no colégio Poliedro de São José dos Campos. Com essa oportunidade, pôde se aprofundar nas matérias exatas e se apaixonar ainda mais pelo estudo.

Luigi se interessava especialmente pelas ciências exatas, por isso, optou pela Engenharia Elétrica. Foi aprovado no vestibular da USP e está cursando o 8º semestre. Durante a graduação, dava aulas particulares de matemática, e descobriu que adora ensinar as pessoas sobre coisas novas. Também descobriu o interesse pela programação, e está finalizando um curso com o qual pretende atuar na área. Quanto aos planos pessoais, tem o objetivo de aprender o máximo que puder e nunca parar de estudar, seja um novo idioma, uma cultura diferente, tocar um instrumento entre muitas outras coisas. Também quer viajar e conhecer diversas partes do mundo.

Foto: Bruna Severo e Luigi Hideki Tanaka

O Programa Voar apoia alunos de diversos cursos. Porém, entre eles, se destacam a Medicina e as diversas Engenharias. Veja abaixo quantos bolsistas foram contemplados em cada curso de graduação:

Curso - Número de bolsistas

Administração - 3

Ciência da Computação / Sistemas da Informação - 4

Ciências Biológicas - 1

Direito - 5

Economia / Ciências Contábeis - 4

Engenharias - 21

Farmácia - 1

Física - 1

Letras - 1

Matemática - 2

Medicina / Biomedicina - 12

Química - 1

05.12.2022