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UNINDO INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA, JOTA TEM EM SEU TIME TRÊS BOLSISTAS JORNALISTA DE VISÃO

O veículo de imprensa independente JOTA existe há oito anos e tem entre os seus fundadores Felipe Seligman, bolsista do Instituto Ling na primeira edição do programa Jornalista de Visão. Outros dois membros da equipe, o editor-chefe Luciano Pádua e a diretora de produtos Patrícia Gomes, também já foram contemplados: Luciano atualmente cursa um master em Public Administration em Harvard, e Patrícia fez mestrado em Mídia, Estratégia e Liderança na Northwestern University, ambos nos Estados Unidos.

UNINDO INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA, JOTA TEM EM SEU TIME TRÊS BOLSISTAS JORNALISTA DE VISÃO

Sobre o JOTA

O JOTA é uma empresa de comunicação criada em 2014 e que traz notícias e análises sobre o judiciário e a política, com informações sobre projetos de lei, direito tributário e regulação. Seu objetivo é evidenciar os bastidores das instituições brasileiras, oferecendo previsibilidade aos tomadores de decisão. O nome JOTA surgiu por ser a primeira letra das palavras jornalismo e justiça.

Segundo Felipe Seligman, o projeto nasceu quando ele e alguns colegas constataram que o formato de negócios das empresas de jornalismo tradicional havia sido impactado pelas grandes plataformas de tecnologia e que a relação da produção jornalística com o público-alvo estava ultrapassada.

A partir dessas duas constatações, entenderam que o leitor não podia  ser visto como um ser abstrato, genérico e com múltiplos interesses, e decidiram criar uma empresa a partir de um modelo mental e de negócio que fugisse daquele das empresas tradicionais e que se comunicasse com um público específico.

Além de Felipe, estão entre os sócios-fundadores os também jornalistas Felipe Recondo, Fernando Mello e Laura Diniz, além do engenheiro Marc Sangarné. A equipe não para de crescer e conta atualmente com quase 90 pessoas na operação, entre jornalistas, desenvolvedores, profissionais de marketing, administração, produto, relações internacionais e cientistas políticos. Desde o princípio a empresa opera com uma equipe 100% remota, com colaboradores espalhados por capitais como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro e em municípios dos estados de Minas Gerais, Paraná e Pernambuco.

 

Rotina de trabalho

Para definir as pautas que serão desenvolvidas, existe um time dedicado à produção diária de matérias. Todo o conteúdo é pensado em torno do interesse do assinante. Como o modelo é de assinatura corporativa, para o JOTA é mais fácil identificar quem é o seu público, suas necessidades e quais pautas são relevantes para ele. Além disso, o veículo entende que se comunica com um leitor qualificado, que domina os temas desenvolvidos.

Entre os principais desafios enfrentados pela equipe do JOTA, Seligman responde: “O Brasil é o país mais complexo do mundo em termos de sistema tributário e um dos ambientes regulatórios mais voláteis e mais instáveis politicamente. É muito difícil acompanhar esse sistema complexo. Isso exige formação e capacidade técnica. Em tempos de redes sociais, radicalização e comunicação direta com as bolhas da internet, a maior dificuldade é separar o joio do trigo e consolidar o que é informação real e o que é ruído”.

A empresa trabalha com informação muito específica para profissionais que precisam dela – e tem uma marca conhecida por cobrir temas difíceis. Perguntado sobre as respostas negativas do público, Felipe responde que, devido à grande polarização política existente hoje no país, críticas eventualmente aparecem. “Somos criticados, sim, por pessoas cujo perfil torcedor muitas vezes não consegue separar a sua visão de mundo dos fatos que tentamos relatar com o máximo de imparcialidade possível”, diz ele. “Sofremos também ataques de robôs em nosso site quando relatamos condenações ou investigações judiciais de figuras que não querem ver seus nomes ranqueados no Google. Mas lidamos com esses poucos episódios com tranquilidade”, completa.

 

Números do JOTA e serviços

O JOTA conta hoje com 500 mil assinantes gratuitos e mais de 600 pessoas jurídicas que assinam o que a empresa chama de verticais:

PRO Poder: conta com pelo menos seis analistas da área política e do judiciário; emite relatórios sobre os assuntos mais importantes do cenário político-econômico brasileiro e, além de outras ferramentas, atende demandas e dúvidas dos assinantes em relação a esses temas.

PRO Saúde: traz bastidores do sistema regulatório com informações exclusivas sobre resoluções, discussões internas, políticas de saúde e novas tecnologias, faz cobertura das reuniões da Diretoria Colegiada da ANVISA e da ANS e compila as principais notícias do setor.

PRO Tributos: oferece ferramentas de monitoramento tributário para empresas, com notícias matinais, relatório sobre os principais movimentos do Congresso em relação à reforma e outras matérias tributárias, além dos resultados dos julgamentos do STF e do STJ em matéria tributária no mesmo dia em que acontecem, entre outros serviços.

 

Sobre Felipe Seligman

Aos 38 anos, o jornalista e fundador da JOTA Felipe Seligman mora entre Nova Iorque e Brasília. Formou-se na IESB, universidade particular da capital federal, e cursou Filosofia por quatro anos na Universidade de Brasília, mas não chegou a se formar. Trabalhou na Folha de São Paulo entre os anos de 2007 e 2014. Fez mestrado em administração, um MBA no MIT (Sloan School), nos Estados Unidos, formando-se em 2018.

Em 2010, na primeira edição do programa Jornalista de Visão do Instituto Ling, conquistou uma bolsa de estudo e participou do Global Competitiveness Leadership Program, em Georgetown, no ano seguinte.

Sobre a importância da experiência durante os três meses de duração do curso,  Felipe conta: “Ali nasceu a minha vontade de empreender e foi onde conheci alguns dos meus melhores amigos de hoje, brasileiros e de outros países da região. Foi um privilégio que poucos podem ter – e sou extremamente grato por isso”.

03.07.2022

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