Instituto Ling, Federasul e Instituto Cultural Floresta lançam o programa Reconstrói RS
O RS é o nosso lar. É o lugar da nossa sede e onde começou nossa história. Muitos lugares que admiramos e onde nossas famílias construíram memórias também estão em situação desoladora. A destruição das inundações, infelizmente, atingiu milhares de gaúchos. E os danos físicos não terminam em si. Cada ponte caída, cada estrada destruída, cada prédio administrativo inundado repercutem em entraves para que indústrias, comércios e serviços retomem suas atividades e avancem em direção à urgente reconstrução do Rio Grande do Sul. Pensando nisso, o Instituto Ling, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul – FEDERASUL e o Instituto Cultural Floresta uniram-se para lançar o programa Reconstrói RS.
A iniciativa, que pretende contribuir com o esforço de reerguer o estado com foco em obras de recuperação da infraestrutura nas regiões diretamente afetadas pelas chuvas e inundações, tem como objetivo fazer com que os recursos cheguem o mais rápido possível, sem intermediações, para financiar obras urgentes, de alto impacto e de forma permanente, sempre em parceria com as comunidades locais.
Para o ponto de partida, está sendo formado um fundo para auxílio a projetos de reconstrução no estado. A família Ling, mantenedora do Instituto Ling, e o Grupo Évora fizeram a doação de 50 milhões de reais como aporte inaugural a este fundo. O programa já conta com a adesão de Salim Mattar, fundador da Localiza; Jayme Garfinkel da Porto Seguro; Cristiano Franco; Paulo Sérgio Galvão da Klabin e DrogaRaia; da família Pratini de Moraes, das Lojas Renner e do Instituto Franco, somando uma arrecadação adicional de quase 30 milhões.
A iniciativa também visa catalisar um estado de espírito, estimulando líderes individuais da sociedade civil em cada localidade atingida a chamarem para si a responsabilidade pela reconstrução, emprestando sua capacidade empreendedora na avaliação do que aconteceu para propor as melhores soluções à sua realidade.
O Reconstrói RS tem a ambição de ajudar não só a recuperação dos equipamentos e estruturas perdidas ou danificadas, como também, sempre que possível, torná-las melhor do que antes da tragédia.
“A ideia é incentivar a mobilização em um modelo descentralizado, cooperativo, baseado na confiança nas lideranças comunitárias que são os verdadeiros protagonistas, os que melhor conhecem a realidade local, e na responsabilidade compartilhada em relação ao aporte de recursos”, afirma William Ling, presidente do Instituto Ling.
A Federasul, através de 190 Associações Comerciais e Industriais (ACIs) do interior do estado, e o Instituto Cultural Floresta (ICF) ficarão responsáveis pela triagem, fiscalização e o acompanhamento da destinação dos recursos e da execução dos projetos.
O valor destinado a cada projeto está limitado, inicialmente, a R$ 1 milhão, a fim de atender ao maior número possível de demandas do interior do estado e da região metropolitana de Porto Alegre.
As propostas serão encaminhadas pelas ACIs e pelo Instituto Cultural Floresta ao Instituto Ling. Um comitê avaliador composto por especialistas em infraestrutura e engenharia e familiarizados com a realidade do estado, verificará celeremente pontos como a pertinência e a qualidade técnica dos projetos. Os profissionais que compõem o comitê são: Athos Cordeiro, Ricardo Portella Nunes, Sérgio Klein, Mauro Touguinha de Oliveira e Anthony Ling. Todos os aspectos jurídicos estão sendo acompanhados pelo escritório Souto Correa Advogados, presta o serviço em caráter pro bono.
Os proponentes dos projetos aprovados serão orientados pelo Instituto Ling sobre as providências para contratação dos recurss.
A primeira etapa do cronograma financeiro das obras fica a cargo da comunidade. O aporte do Instituto Ling será liberado na segunda etapa do cronograma, sem intermediações, com o objetivo de agilizar ao máximo a reconstrução.
“O Instituto Ling é uma iniciativa apartidária e os projetos contemplados não podem ter fins eleitorais”, salienta William Ling. “Este é o momento de pensar em erguer o Rio Grande do Sul com a união de todos, de forma descentralizada e a partir do conhecimento local. Quem sabe desta tragédia, possa nascer um novo Brasil?”, comenta.
31.05.2024