Dudi Maia Rosa | Sem título | 2005
Nosso acervo abriga uma pintura do artista Dudi Maia Rosa feita com resina pigmentada e fibra de vidro. A partir de um suporte industrial (fibra de vidro), Dudi pinta de cima a baixo listras coloridas na vertical; com diferentes espessuras, vemos tons de amarelo, branco, preto, cinza, rosa, vermelho, verde e azul. Na ponta esquerda é possível enxergar o suporte sem nenhuma tinta.
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ficha técnica
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Autor
Dudi Maia Rosa
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Título
Sem Título
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Ano
2005
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Técnica
Resina poliéster pigmentada e fibra de vidro
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Dimensões
200x200 cm
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Local da obra
Antessala
Sobre o trabalho de Dudi Maia Rosa, o artista Nuno Ramos declara:
“Talvez o mais famoso deles [conjuntos de trabalhos independentes] seja o grupo de pinturas (ou não-pinturas) em fibra de vidro. Executadas por trás, rápidas em seu processo de fatura, parecem, de fato, o avesso da duração meio sem fim da pintura a óleo, que lhe serve de contra-modelo. (...) Acho que há uma resposta em labirinto — neste caso, às demandas expressivas dos anos 80 e 90. Diante delas, Dudi batalhou para se tornar progressivamente superficial.”
Nuno Ramos no texto Dudi Boogie Woogie
Ainda sobre as pinturas em resina pigmentada, o jornalista Antonio Gonçalves Filho diz:
“Vale lembrar que Dudi começou suas experiências com resina sintética nos anos 1980, quando explorou em grafismos referências bíblicas, como uma espécie de Cy Twombly (1928-2011) a evocar uma dimensão mítica com figuras evanescentes. A desmaterialização da forma ao lado de uma luz que prefigura um novo movimento na pintura – menos reverente à tradição – justifica a suspeita de que Dudi, ao optar pelo aspecto ambíguo dessas obras – entre vitrais e telas de projeção – cede à sedução pop das cores sem abandonar o credo cristão no poder regenerador da luz. Ela é a contraparte desse mundo opaco, o elemento visual mais transiente que se confunde com a cor no repertório das representações alegóricas pré-renascentistas. Por vezes é preciso revisitar o passado para avançar. É isso o que faz Dudi Maia Rosa.”
Antonio Gonçalves Filho em artigo para o Estadão
Foto: Fábio Del Re.
Audiodescrição da obra: