Leopoldo Plentz | A exceção à regra | 2003
Fotografia em preto e branco em que é possível observar uma floresta com várias árvores (pinos) sem folhas e caules finos e retos que formam linhas verticais. Entre elas, uma árvore destoa das demais, ela tem o caule mais grosso e tortuoso – sua estrutura orgânica se contorce desde a base e seus galhos vão se afinando quanto mais alto se encontram. Esta árvore que “sai do controle” tem sua base do lado esquerdo do quadro, mas vai tomando conta de toda a composição à medida que cresce.
A foto foi feita com câmera analógica que produz um negativo de 10 x 12 cm. Para o artista, é o processo da câmera analógica que faz diferença, pois difere em muito da câmera digital. Não só pela espera da revelação, mas porque a analógica não opera no tempo do consumo. O artista precisa estar atento à luz, ele também presta atenção ao ruído das árvores e aos cheiros, já que o tempo da analógica demanda espera.
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ficha técnica
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Autor
Leopoldo Plentz
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Título
A exceção à regra
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Ano
2003
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Técnica
Pigmento mineral sobre papel, edição 05
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Dimensões
190 x 150 cm
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Local da obra
Sala dos Fundos
Sobre fotografar paisagens, o artista comenta:
“O ato de fotografar paisagens é um exercício de liberdade, de ver e sentir, de ouvir o silêncio. E se desse processo ainda resultar uma fotografia interessante, melhor, pois como disse Fernando Pessoa: porque a nossa única riqueza é ver.”
Leopoldo Plentz no texto sobre a série Silêncio
Audiodescrição da obra:
Sobre o Artista
Nascido em 1952, em Porto Alegre, onde vive e trabalha.
José Leopoldo Plentz graduou-se em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da UFRGS e, em 1975, começou a trabalhar como fotógrafo publicitário e industrial. Desde 1979 expõe regularmente seu trabalho, em mostras individuais e coletivas. É representado pelas galerias Bolsa de Arte (Porto Alegre), FotoSpot (São Paulo) e Ediciones Originales (Barcelona, Espanha).
Também foi coordenador do Gabinete de Fotografia da Faculdade de Arquitetura da UFRGS e professor de fotografia do Curso de Comunicação da UPF. Atualmente se dedica à fotografia de autor (ou autoral, que tem por finalidade a expressão artística por si só) e a documentação de bens culturais, além de lecionar no Curso de Fotografia da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Em 1984, conquistou o Marc Ferrez – importante prêmio de fotografia concedido pela FUNARTE – além de diversos outros que incluem duas vezes o Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, em 2009 e 2013. Suas obras integram o acervo das instituições de arte mais relevantes do estado, do país e do exterior, tais como o MARGS, o MAC-RS, a Fundação Vera Chaves Barcellos, em Porto Alegre; o Museu Ruth Schneider, em Passo Fundo; o MASP e o Instituto Cultural Itaú, em São Paulo; e ainda o Museu Nacional de Bellas Artes, em Buenos Aires, Argentina; o Museu de Arte Latino Americana, em Washington, EUA e a Biblioteca Nacional de Paris, França.
Autor(a): Camila Salvá.
PARA SABER MAIS sobre o artista
Você sabia que, embora a fotografia tenha sido tirada em 2003, ela só foi impressa em 2016? O artista revisou seus negativos à procura de uma obra que a Galeria Bolsa de Arte pudesse expor na SP Arte daquele ano, onde esta foto foi mostrada pela primeira vez.
Ficou com vontade de conhecer o local onde a foto foi tirada? Visite o site do Parque da Cachoeira, em Canela, interior do Rio Grande do Sul.
Confira fotos da exposição Jardin de las delicias y otras cosas, que aconteceu em Montevidéu no final de 2016!
Ficou com vontade de conhecer mais o trabalho de Leopoldo Plentz? Confira alguns livros sobre a obra dele!
Confira abaixo a entrevista que realizamos com o artista sobre a obra:
Referências
Site do artista. Disponível em: http://www.leopoldoplentz.com/
Entrevista concedida à equipe do Educativo do Instituto Ling em 12.9.2022.
